Um dos mitos mais persistentes na sociedade é a ideia de que sentir dor durante a menstruação é algo “normal” ou até mesmo esperado, especialmente entre adolescentes e mulheres jovens. Esse equívoco cultural minimiza a gravidade da dor e faz com que muitas mulheres se sintam desvalorizadas ou ignoradas ao buscar ajuda médica.

O estigma em torno da dor menstrual é um dos principais fatores que atrasam o diagnóstico de condições como a endometriose. Muitas mulheres passam anos “suportando” dores incapacitantes sem procurar tratamento ou, quando o fazem, são subestimadas por profissionais de saúde que reforçam a normalização do sofrimento. Essa demora no diagnóstico pode impactar a qualidade de vida, a saúde emocional e até a fertilidade.
É essencial compreender que dor intensa durante o período menstrual não é normal. Se a cólica interfere nas atividades diárias, limita a rotina ou vem acompanhada de outros sintomas, como dor pélvica crônica e desconforto durante a relação sexual, ela precisa ser investigada. Nenhuma mulher deveria ser forçada a viver com dor severa, especialmente quando pode ser um sinal de uma condição tratável e controlável.
A informação é a chave para mudar essa realidade. Falar sobre a dor menstrual, desmistificar crenças ultrapassadas e buscar atendimento especializado são passos fundamentais para garantir que nenhuma mulher precise sofrer em silêncio.