Ginecologia

A ginecologia é a especialidade médica dedicada à saúde da mulher em todas as fases da vida, desde a adolescência até a menopausa e além. Seu foco vai além da saúde reprodutiva, abrangendo o cuidado com o bem-estar geral da paciente, a prevenção de doenças e o tratamento de condições como endometriose, miomas, distúrbios hormonais e infecções ginecológicas. Através de consultas regulares, exames preventivos e acompanhamento contínuo, a ginecologia desempenha um papel essencial na promoção da qualidade de vida feminina.

Ter um ginecologista de confiança é fundamental para garantir um atendimento personalizado e humanizado. O acompanhamento médico adequado permite diagnósticos precoces, abordagens preventivas e tratamentos eficazes, evitando complicações futuras e proporcionando mais tranquilidade para a mulher. Além disso, o ginecologista é um profissional que orienta sobre métodos contraceptivos, planejamento familiar, saúde sexual e os impactos das mudanças hormonais no organismo.

Escolher um especialista que compreenda as necessidades individuais de cada paciente faz toda a diferença. Um atendimento cuidadoso e atualizado com os avanços da medicina permite que a mulher se sinta segura e acolhida em todas as etapas da vida. Mais do que tratar doenças, a ginecologia é sobre promover saúde, bem-estar e empoderamento, garantindo que cada mulher possa viver plenamente e com qualidade.

Procedimentos

Cirurgia Minimamente Invasiva para Endometriose

A cirurgia minimamente invasiva revolucionou o tratamento da endometriose, permitindo a remoção dos focos da doença com menor impacto no organismo. Essa abordagem utiliza pequenas incisões e equipamentos de alta precisão para identificar e tratar os tecidos afetados. Dessa forma, é possível minimizar a dor, reduzir complicações e preservar a fertilidade da paciente.

Os benefícios desse método incluem menor tempo de recuperação, menos dor no pós-operatório e menor risco de aderências. A cirurgia pode ser realizada por laparoscopia, que oferece uma visão detalhada dos órgãos e permite uma intervenção precisa. O objetivo é proporcionar mais qualidade de vida às pacientes, aliviando sintomas e prevenindo a progressão da doença.

Cada caso é avaliado de forma individualizada para garantir o melhor resultado. A escolha pela cirurgia minimamente invasiva leva em consideração fatores como a gravidade da endometriose, os sintomas e o desejo reprodutivo da paciente.

A cirurgia robótica representa um avanço significativo no tratamento da endometriose profunda e de casos mais complexos. Com o auxílio de um sistema robótico de última geração, os cirurgiões realizam procedimentos com alta precisão e controle, reduzindo os riscos de complicações e preservando os tecidos saudáveis ao redor das lesões.

Esse método é especialmente indicado para pacientes com endometriose infiltrativa, que atinge órgãos como intestino e bexiga. A visão em alta definição e os movimentos mais delicados da tecnologia robótica permitem uma remoção eficaz dos focos da doença, proporcionando alívio dos sintomas e melhora na qualidade de vida.

Além disso, a cirurgia robótica reduz o tempo de internação, acelera a recuperação e minimiza a dor pós-operatória. Essa tecnologia inovadora está transformando o tratamento da endometriose, oferecendo aos pacientes uma abordagem moderna, segura e eficaz.

A miomectomia é uma cirurgia para remoção de miomas uterinos, preservando o útero e a fertilidade da mulher. Esse procedimento é indicado para pacientes que apresentam sintomas como sangramento excessivo, dor pélvica intensa e dificuldade para engravidar.

A cirurgia pode ser realizada por diferentes técnicas, incluindo laparoscopia, histeroscopia ou robótica, dependendo da localização e do tamanho dos miomas. A abordagem minimamente invasiva reduz o tempo de recuperação, evita cicatrizes extensas e permite que a paciente retome sua rotina com mais rapidez e conforto.

Ao remover apenas os miomas e manter o útero, a miomectomia é uma excelente opção para mulheres que desejam preservar sua fertilidade. Após a cirurgia, os sintomas costumam melhorar significativamente, proporcionando mais bem-estar e qualidade de vida.

A histerectomia é a remoção cirúrgica do útero e pode ser recomendada para o tratamento de condições como endometriose severa, miomas volumosos, adenomiose, prolapso uterino e até câncer ginecológico. Dependendo do caso, a cirurgia pode ser parcial (retirada apenas do útero) ou total (remoção do útero e do colo uterino).

Graças aos avanços da cirurgia minimamente invasiva, a histerectomia pode ser feita por laparoscopia ou robótica, reduzindo o tempo de internação e a dor no pós-operatório. Essa abordagem preserva ao máximo os tecidos ao redor, garantindo uma recuperação mais rápida e menos impacto na qualidade de vida da paciente.

Embora seja uma cirurgia definitiva, a histerectomia pode trazer alívio de sintomas incapacitantes, como dor intensa e sangramentos abundantes. A decisão por esse procedimento deve ser feita com acompanhamento médico especializado, garantindo que seja a melhor escolha para cada paciente.

A distopia pélvica, ou prolapso dos órgãos pélvicos, ocorre quando o útero, bexiga ou reto perdem sustentação e descem em direção à vagina, causando desconforto e impacto na qualidade de vida. A sacrocolpopexia é uma cirurgia minimamente invasiva que corrige essa condição, restaurando a anatomia e a função da pelve.

O procedimento consiste na fixação dos órgãos pélvicos por meio de uma malha cirúrgica, garantindo sustentação e prevenindo novos deslocamentos. Realizada por laparoscopia ou robótica, essa técnica reduz sintomas como incontinência urinária, sensação de peso na pelve e desconforto durante atividades diárias.

A sacrocolpopexia é uma opção eficaz e segura para mulheres que sofrem com prolapso pélvico. O procedimento tem alta taxa de sucesso e proporciona uma recuperação rápida, permitindo que a paciente volte a suas atividades com mais conforto.

A istmocele é uma falha na cicatriz uterina de cesarianas anteriores, podendo causar sintomas como dor pélvica, sangramento irregular e até dificuldades para engravidar. Essa condição ocorre quando a cicatrização do útero deixa uma depressão na parede uterina, acumulando sangue e afetando sua funcionalidade.

A correção da istmocele pode ser feita por histeroscopia ou laparoscopia, dependendo da profundidade e do tamanho do defeito. O objetivo do procedimento é restaurar a anatomia do útero, aliviando os sintomas e prevenindo complicações futuras.

Essa cirurgia é essencial para mulheres que planejam engravidar novamente, pois reduz o risco de complicações gestacionais. Com a abordagem minimamente invasiva, a recuperação é rápida e eficaz, permitindo que a paciente retome sua rotina sem desconforto.

A histeroscopia diagnóstica é um exame fundamental para avaliar alterações na cavidade uterina que podem afetar a fertilidade feminina. Com o uso de uma câmera delicada, é possível visualizar pólipos, miomas, aderências e malformações que podem impedir a implantação do embrião ou dificultar uma gestação.

Esse procedimento é minimamente invasivo, indolor e realizado sem necessidade de internação. Ele permite um diagnóstico preciso, facilitando a escolha do melhor tratamento para aumentar as chances de gravidez.

Além da investigação, a histeroscopia pode ser usada para tratar pequenas alterações no útero, otimizando a saúde reprodutiva da mulher.

A histeroscopia cirúrgica é um procedimento minimamente invasivo que trata alterações dentro da cavidade uterina, como pólipos, miomas submucosos e aderências (sinéquias). Diferente da histeroscopia diagnóstica, essa técnica permite a remoção imediata das lesões identificadas, melhorando sintomas e aumentando as chances de gravidez.

Por ser realizada sem cortes externos, a recuperação da paciente é rápida e com baixo risco de complicações. O procedimento pode ser feito em ambiente ambulatorial ou hospitalar, dependendo da complexidade do caso.

Essa abordagem é indicada para mulheres com infertilidade, sangramentos irregulares ou desconforto pélvico. A histeroscopia cirúrgica é um tratamento eficaz e seguro, promovendo alívio imediato dos sintomas.

A colposcopia é um exame ginecológico que permite uma análise detalhada do colo do útero, vagina e vulva, utilizando um aparelho chamado colposcópio. Esse exame é indicado quando há alterações no exame de Papanicolau ou quando o médico precisa investigar lesões suspeitas nessas regiões. Durante a colposcopia, o especialista pode aplicar reagentes que ajudam a identificar células anormais e, se necessário, realizar uma biópsia para um diagnóstico mais preciso.

O procedimento é simples, indolor e realizado no consultório médico, sem necessidade de anestesia. Embora algumas pacientes possam sentir um leve desconforto, a colposcopia é um exame seguro e fundamental para a detecção precoce de doenças como o HPV, inflamações, infecções e até mesmo lesões pré-cancerígenas. O diagnóstico precoce aumenta as chances de tratamento eficaz e prevenção de complicações mais graves.

A colposcopia é um exame essencial para o acompanhamento da saúde ginecológica e deve ser realizada sempre que houver indicação médica. Manter consultas regulares com um ginecologista é fundamental para garantir um monitoramento contínuo e personalizado, promovendo a prevenção e o tratamento adequado de possíveis alterações no trato genital feminino.

Os implantes hormonais são dispositivos pequenos e flexíveis inseridos sob a pele, geralmente na região do braço, que liberam hormônios de maneira contínua no organismo. Eles atuam impedindo a ovulação, alterando o muco cervical e reduzindo a espessura do endométrio, tornando a gravidez altamente improvável. Com uma eficácia superior a 99%, os implantes oferecem uma opção contraceptiva prática, de longa duração e altamente segura.

Além da contracepção, os implantes hormonais podem ser utilizados para o controle de condições ginecológicas como endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP) e irregularidades menstruais. Como o hormônio é liberado de forma gradual e controlada, muitas mulheres relatam benefícios como redução das cólicas menstruais, melhora da oleosidade da pele e alívio dos sintomas da TPM. Dependendo do tipo de implante utilizado, sua duração varia de 6 meses a 3 anos.

O procedimento para inserção do implante é simples, realizado em consultório médico com anestesia local, e sua remoção pode ser feita a qualquer momento caso a paciente deseje engravidar ou interromper o uso. Como qualquer método contraceptivo, a escolha do implante hormonal deve ser feita com a orientação de um ginecologista, garantindo que a paciente receba um tratamento adequado às suas necessidades e objetivos de saúde.

O DIU hormonal é um método contraceptivo de longa duração que libera pequenas doses de hormônio progesterona diretamente no útero, proporcionando alta eficácia na prevenção da gravidez. Além de impedir a ovulação, ele também altera o muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozoides, e afina o endométrio, reduzindo o fluxo menstrual. Sua eficácia ultrapassa 99%, tornando-o uma opção confiável e prática para quem deseja evitar a gestação de maneira prolongada e segura.

Uma das grandes vantagens do DIU hormonal é sua capacidade de reduzir o fluxo menstrual e aliviar cólicas intensas, sendo indicado para mulheres que sofrem com menstruações abundantes ou dolorosas. Além disso, ele pode ajudar no controle de condições como endometriose e síndrome dos ovários policísticos (SOP), contribuindo para o equilíbrio hormonal e melhora da qualidade de vida. Dependendo do modelo, sua durabilidade varia entre 3 a 8 anos, oferecendo um método contraceptivo de baixa manutenção e alto conforto.

O procedimento de inserção do DIU hormonal é rápido e realizado em consultório médico, geralmente sem necessidade de anestesia. Como qualquer método contraceptivo, é essencial uma avaliação ginecológica prévia para verificar sua adequação ao perfil da paciente. Com a devida orientação médica, o DIU hormonal se torna uma excelente escolha para mulheres que buscam um método contraceptivo de longa duração, com benefícios adicionais para a saúde reprodutiva e o bem-estar.

O DIU de cobre é um método contraceptivo de longa duração e altamente eficaz, que não contém hormônios. Ele consiste em um pequeno dispositivo em formato de “T”, revestido por cobre, que é inserido dentro do útero para impedir a fecundação. Sua ação se dá pela liberação contínua de íons de cobre, que alteram o ambiente uterino, dificultando a movimentação dos espermatozoides e impedindo a fixação do óvulo na parede do útero. Com uma eficácia superior a 99%, o DIU de cobre é uma excelente opção para mulheres que desejam um método livre de hormônios.

Além de ser um método contraceptivo seguro e reversível, o DIU de cobre tem uma durabilidade que pode variar entre 5 a 10 anos, dependendo do modelo. Sua colocação é rápida, feita em consultório médico por um ginecologista, e normalmente não requer anestesia. Embora algumas mulheres possam apresentar cólicas e fluxo menstrual aumentado nos primeiros meses após a inserção, esses sintomas tendem a diminuir com o tempo.

Por ser um método livre de hormônios, o DIU de cobre é uma alternativa viável para mulheres que possuem contraindicações ao uso de contraceptivos hormonais ou que preferem evitar alterações hormonais artificiais. Além disso, sua remoção pode ser feita a qualquer momento caso a paciente deseje engravidar, restabelecendo rapidamente a fertilidade natural. Um acompanhamento ginecológico adequado garante a escolha do método mais indicado para cada mulher, com segurança e tranquilidade.

Dr. Élvio
Michelon

Ginecologista

Dr. Haley Calcagnotto

Ginecologista